Matéria de Arlete Caetano Santana

Na manhã do dia 7 de maio de 2025, o presidente venezuelano Nicolás Maduro desembarcava em Moscou para participar das comemorações do Dia da Vitória, ao lado de líderes como Vladimir Putin e Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário parecia ser mais uma reafirmação simbólica dos laços entre regimes de esquerda e autoritários. O que ninguém imaginava era que, a milhares de quilômetros dali, uma operação silenciosa e altamente coordenada estava em curso em Caracas: os Estados Unidos, liderados pelo secretário de Estado Marco Rubio, estavam prestes a realizar um dos mais ousados movimentos diplomáticos do ano.
Cinco opositores venezuelanos — Magalli Meda, Claudia Macero, Omar González Moreno, Pedro Urruchurtu e Humberto Villalobos — haviam buscado asilo na embaixada da Argentina na Venezuela desde março de 2024, quando mandados de prisão foram emitidos pelo regime chavista. Desde então, viviam sob condições precárias, em uma embaixada que, após o rompimento diplomático entre Argentina e Venezuela, passou a estar sob tutela do Brasil.
Um resgate silencioso, mas ensurdecedor. A América Latina assistiu a um lembrete de quem ainda dita as regras do jogo.

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