Itamaraty não informou os motivos para a saída da organização, criada na década de 1990 para combater o antissemitismo
Por: Janio Silva Fonte: metrópoles

Nesta quinta-feira (24/07/25), o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que o governo Lula (PT) retirou o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA). Desde 2021, o país latino-americano atuava na aliança como membro observador.
A saída foi relatada pela chancelaria israelense durante uma crítica contra a gestão Lula por conta do apoio dado à ação judicial da África do Sul, que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza.
A IHRA foi criada na década de 90 para combater o antissemitismo. E o governo brasileiro ainda não fez um anúncio oficial sobre a saída da aliança.
Fontes que têm ligação com a diplomacia de Israel em Brasilia falaram com o Metrópoles, de onde são as informações, sobre o processo de saída do Brasil.
Sob condição de anonimato, funcionários com conhecimento sobre o assunto alegam que o Itamaraty não informou os motivos para a saída – relatou o portal.
Desde que o petista voltou a comandar o Brasil, a relação com Israel passou a ter momentos de tensão em função de ataques de Lula à atuação do governo israelense em Gaza.
Conib aponta antissemitismo na fala de Lula
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) criticou duramente no domingo (01/06/25) as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Em comunicado, a entidade acusou Lula de “promover o antissemitismo entre seus apoiadores” e de “deturpar a realidade para atacar e vilipendiar o Estado judeu”.
Essa decisão do presidente Lula é uma ação antisemitica. Crime de racismo, inafiancável praticada pelos agentes públicos, inclusive do Itamarati. A webpage da organização mostra quais são as ações que constituem atos antisemitas, que não podem ser confundidos com críticas contra o estado de Israel, como deixado muito claro no próprio website. Portanto ao retirar o Brasil da organização não estamos praticando uma ação contra o estado de Israel mas sim discordando das definições do antisemitismo contra os judeus como pessoa humana. Se o estado brasileiro discorda destas definições a ponto de abandonar o órgão significa que discorda das definições do antisemitismo listadas, portanto é uma ação claramente de ódio aos judeus, não há outra interpretação possível.
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